Com o objetivo de reforçar o combate a crimes transfronteiriços e ambientais, a Marinha do Brasil (MB) participou da Operação “Ágata Amazônia 2025” – Comando Conjunto APOENA, em coordenação com o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira. A Força Naval intensificou ações de reconhecimento e Patrulha Naval em áreas ribeirinhas do estado do Amazonas. Diversas localidades isoladas da região amazônica foram inspecionadas, diante da suspeita de servirem como entrepostos para armazenamento e distribuição de substâncias entorpecentes.

Durante o mês de maio, diversos meios subordinados ao Comando do 9º Distrito Naval foram empregados no contexto da Operação "Ágata Amazônia 2025", coordenada pelo Ministério da Defesa. No total, 34 dragas foram neutralizadas e mais de uma tonelada de entorpecentes foi apreendida.

O Comandante da Força Naval Componente da Operação, Contra-Almirante Sérgio Tadeu, destacou que as varreduras estratégicas contribuem para desarticular rotas utilizadas por grupos criminosos que atuam na região de fronteira, a exemplo dos Grupos Armados Organizados Residuais (GAO-r), oriundos da Colômbia.

“Nossos meios navais e de Fuzileiros Navais foram empregados em diversos pontos com o objetivo de averiguar denúncias relacionadas à presença de atividades ilícitas, especialmente vinculadas ao tráfico de entorpecentes e à utilização das ilhas da região como pontos de apoio logístico ao crime organizado. Foi possível coletar informações relevantes sobre a atuação desses grupos criminosos, de modo a incrementar nossa capacidade de resposta, inclusive em coordenação com as demais Forças e órgãos de segurança”, afirmou o Contra-Almirante Sérgio Tadeu.

A Força Naval foi composta por unidades especializadas, como o Grupo de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e a Equipe Faro com cães de guerra, além do Navio-Patrulha Fluvial “Amapá”, da Barca Oficina “Alecrim”, de um empurrador, lanchas da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, lanchas blindadas do Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas e do Navio de Assistência Hospitalar “Oswaldo Cruz”. 

“Outro aspecto muito importante das nossas operações são as Inspeções Navais, realizadas diuturnamente a fim de impedir a entrada de criminosos e produtos ilegais pelas fronteiras, além de proteger as populações que vivem às margens dos rios. Durante as ações, embarcações da Marinha percorrem longos trechos dos rios realizando abordagens, verificando documentos, cargas e garantindo que as normas de navegação sejam cumpridas”, afirmou o Almirante Sérgio Tadeu.

As embarcações das Forças Armadas empregadas na Operação Ágata Amazônia 2025 atuaram numa área total aproximada de 200 mil quilômetros quadrados, em ações de combate ao crime e de assistência humanitária voltadas às populações indígenas e ribeirinhas.

GrEOpRibAM – Aprimoramento de seu emprego operacional

As lanchas blindadas do Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Amazonas (GrEOpRibAM), subordinado ao Comando do 9º Distrito Naval, desempenham papel estratégico na Operação, ao combinar mobilidade fluvial, proteção blindada e capacidade ofensiva.

As lanchas blindadas atuaram nas linhas de frente em apoio às missões de interdição e inutilização da infraestrutura do garimpo ilegal, especialmente desativação de dragas e balsas flutuantes; apreensão de materiais poluentes, como mercúrio; e repressão a rotas clandestinas fluviais de tráfico de drogas, armas e ouro.

O emprego das lanchas do GrEOpRibAM, como Unidade-Tarefa da Força Naval Componente (FNC), mostrou-se altamente eficaz para a Operação, além de ter proporcionado oportunidades para o aprimoramento de Técnicas, Táticas e Procedimentos (TTP).

Além disso, as lanchas contribuíram com a logística de segurança em missões humanitárias da Marinha, oferecendo suporte a ações médicas e odontológicas voltadas às populações ribeirinhas, bem como às Ações Cívico-Sociais (ACiSo).

Essas embarcações são dotadas de proteção contra armamentos leves, assegurando a segurança das tripulações durante incursões em áreas hostis. Possuem alta manobrabilidade para navegação em rios estreitos e de difícil acesso, inclusive em trechos rasos ou com forte correnteza, o que facilita a execução de interceptações e patrulhas em áreas remotas.

Também são empregadas no transporte de Fuzileiros Navais e de agentes de outros órgãos públicos e instituições, além de inserções rápidas em áreas de garimpo ilegal e apoio a operações terrestres. Equipadas com metralhadoras leves e médias, essas lanchas garantem capacidade de pronta resposta em confrontos armados, além de oferecerem suporte a embarcações menores, como as Lanchas de Ação Rápida (LAR), utilizadas em operações silenciosas ou de infiltração.

Colaboração do Primeiro-Tenente (Médico Temporário) Nakamura

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