A trajetória das mulheres na Marinha do Brasil (MB) é marcada pelo pioneirismo. Primeira Força Armada a admitir mulheres em suas fileiras, a MB iniciou essa história em 1980, com a criação do então Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, responsável por viabilizar o ingresso feminino na instituição. Desde então, a participação foi ampliada e integrada de forma definitiva à estrutura da Força, não estando mais restrita a um Corpo específico. Hoje, elas atuam lado a lado com os homens em todos os Corpos e Quadros da Marinha. Exemplo expressivo desse avanço foi a promoção da Contra-Almirante Dalva, primeira mulher a alcançar o posto de Oficial-General nas Forças Armadas do Brasil em 2012.

A Agência Marinha de Notícias apresenta a seguir fotos e relatos que retratam essa trajetória, destacando conquistas e histórias que moldaram o caminho das mulheres na MB.

As mulheres que integraram a primeira turma de Praças da Marinha vieram de diferentes estados do País e seguiram para o Rio de Janeiro após serem aprovadas em um concurso público inédito. Esta foto histórica foi registrada em julho de 1981, no Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia, onde as pioneiras foram recebidas para iniciar a carreira militar.

 

 

 

A Contra-Almirante (Médica) Dalva Maria Carvalho Mendes foi a primeira mulher a ser promovida ao posto de Oficial-General nas Forças Armadas, em 2012. A imagem mostra a visita da Almirante às Aspirantes da turma de 2014, na Escola Naval, no Rio de Janeiro.

 

 

 

 

Em 2014, a Escola Naval (EN) recebeu a primeira turma de Aspirantes mulheres para o Corpo de Intendentes da Marinha (IM). No mesmo ano em que elas concluíram o curso (2017), o ingresso feminino na EN passou a abranger o Corpo da Armada e o Corpo de Fuzileiros Navais.

 

 

 

 

Hoje, as mulheres podem ocupar todos os Corpos e Quadros da MB. Em 2024, 114 soldados do sexo feminino prestaram juramento à Bandeira Nacional, tornando-se as primeiras combatentes anfíbias da história do País. 

 

 

 

 

Primeira mulher qualificada em Operações no Cerrado, a Soldado (Fuzileiro Naval) Fabiana Damasceno concluiu, em fevereiro, o estágio promovido pelo Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília (GptFNB). Durante o curso, enfrentou desafios como deslocamentos carregando quase metade do próprio peso – o mesmo exigido dos demais militares.

 

 

 

 

Em 25 de abril deste ano, a Contra-Almirante (Médica) Maria Cecília tornou-se a primeira mulher a assumir a Direção do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD). “O HNMD é o principal hospital da Marinha, com muitos profissionais atuando e milhares de pacientes atendidos diariamente. Por isso, assumir a Direção é um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade para demonstrar que capacidades de gerenciamento, operação e competência técnico-profissional independem do sexo. Fico muito feliz em ver que as mulheres estão conquistando seus espaços”, ressalta. O feito ganha ainda mais significado por ter sido o local onde a Almirante iniciou sua carreira na MB.

 

 

 

 

A Marinheira Anna Carla Azevedo Moraes Pires, de 20 anos, é a primeira Praça feminina a integrar a tripulação do Navio-Veleiro Cisne Branco, embarcação que representa o Brasil em diversos países. “Conheci o navio em Itajaí (SC), ainda durante a formação. Na ocasião, afirmei a mim mesma que retornaria, mas não como visitante. Estar aqui agora é uma realização pessoal”, destaca.

 

 

 

 

“Ser a primeira mulher a cumprir serviço de Oficial de Quarto em águas austrais é, sem dúvida, motivo de grande orgulho. Após um período de qualificação, estava apta a cumprir a tarefa que me foi confiada. O desafio foi significativo, mas muito recompensador”, afirma a Capitão-Tenente (Intendente de Marinha) Sabrina Caldeira Fernandes da Silva, que realizou o feito durante a 42ª Operação Antártica (OPERANTAR), em 2024.

 

 

 

 

A presença feminina no setor de Defesa cresce a cada ano, especialmente em áreas estratégicas como ciência e tecnologia. Na Marinha, o número de mulheres em cargos de chefia e pesquisa tem aumentado, com contribuições relevantes para projetos de inovação. Um exemplo é a Capitão de Corveta (Engenheira Naval) Renata Krusche, que atua no Programa Nuclear da Marinha.

 

 

 

 

De Norte a Sul, as militares da Força Naval desempenham as mais diversas funções. Seja como administradoras, jornalistas, engenheiras, bibliotecárias, biólogas, médicas, dentistas, pilotos ou combatentes – estão onde o Brasil precisa e onde, muitas vezes, mais ninguém chega. Porque servir é para todos.

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