A Marinha do Brasil divulgou, neste mês, seu Relatório de Gestão de 2024, onde apresenta as principais ações desenvolvidas ao longo daquele ano para a defesa da soberania nacional e a segurança nas águas jurisdicionais. No documento, a Força Naval também expõe os desafios enfrentados para desempenhar plenamente seu papel estratégico na defesa do País e no cumprimento de suas atribuições constitucionais.

Ao longo de 2024, a Marinha avançou significativamente em seus programas estratégicos, como o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), o Programa Nuclear da Marinha (PNM) e o Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (PRONAPA). Entre os destaques, o Relatório aponta a entrega do submarino convencional diesel-elétrico tipo Scorpene “Humaitá” e o lançamento do “Tonelero” e da primeira fragata das quatro previstas no Programa Fragatas Classe “Tamandaré” (PFCT).

Em sua prestação de contas anual, a Marinha do Brasil lembrou o trabalho desempenhado nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com foco nas ações contra o tráfico de drogas e o apoio a populações vulneráveis, como nas operações “Pantanal II” e “Taquari II”, além do marco histórico de inclusão de mulheres em todos os seus Corpos e Quadros, com formação das primeiras mulheres Soldados Fuzileiros Navais.

Desafios

Entretanto, o Relatório também evidencia os desafios enfrentados pela Força Naval devido às restrições orçamentárias e à obsolescência de equipamentos, que exigem esforços para a modernização e a recomposição das capacidades operacionais. Segundo o documento, a limitação orçamentária prejudicou a evolução dos projetos, o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e o estímulo à geração de empregos diretos, indiretos e induzidos.

A despeito das tarefas executadas, os desafios impostos pelo cenário fiscal durante o ano de 2024 exigiram esforços diligentes e contínuos para a adequação das despesas à menor dotação  orçamentária discricionária dos últimos dez anos”, afirma o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.

Confira o Relatório de Gestão de 2024 do Comando da Marinha na íntegra clicando aqui.

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Comentários

Alexandre (não verificado) Sáb, 12/04/2025 - 10:10

Os esforços de modernização, atualização e aquisição dos meios da marinha sempre serão um desafio, de que adianta aumentar a zona econômica do Brasil se não se tem meios para patrulhar ? Os meios navais são extremamente caros de se adquirir e de se manter, enquanto não ouvir vontade política para se assegurar que APENAS 2%do PIB seja usado para a nossa defesa, livre e contingências viveremos está eterna novela até que um dia percamos uma parte de nosso território continental!

VICENTE ROBERT… (não verificado) Seg, 14/04/2025 - 10:12

Discordo. A extensão territorial é um dos atributos da grandeza de um Estado. Imagina se o Reino de Portugal não tivesse se lançado ao mar sob o entendimento da sua pequena extensão territorial? Entenda-se que teremos ( no futuro) de ter navios porque temos (no presente) um mar jurisdicional de grandes dimensões. Dada às nossas limitações, primeiro a conquista diplomática, depois a mobilização de meios. Caso ficássemos a reboque do discurso publicitário do governo (ou, como dizem, deitado em berço
esplêndido), nada teríamos conquistado
Parabéns Marinha do Brasil!

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