A Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) iniciou, em 6 de agosto, uma série de atividades em comemoração ao Dia da Cultura. A programação incluiu um seminário sobre o futuro dos museus, a inauguração de uma exposição temporária e o lançamento de um livro com conteúdo histórico. A data homenageia o Contra-Almirante (Honorário) Max Justo Guedes, reconhecido como Patrono da Cultura na Marinha do Brasil (MB).
O seminário, realizado no Museu Naval, no Centro do Rio de Janeiro, teve como tema “O futuro dos museus: gestão, públicos, acessibilidade e sustentabilidade”. Foi promovido em parceria com o Departamento Cultural do Abrigo do Marinheiro e contou com o apoio da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON). O evento reuniu especialistas como o Presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, Diego Vaz Bevilaqua; a Gerente de Museus do Município do Rio de Janeiro, Heloísa Helena Queiroz; o Diretor do Museu Imperial de Petrópolis, Maurício Vicente Ferreira Júnior; e o Professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense, Paulo Knauss.
Os temas abordados por representantes de renomadas instituições trataram de questões centrais do universo museológico. “Dar luz a esses assuntos e estar aberto ao diálogo é estar em sintonia com a realidade e disposto a cumprir cada vez melhor a nossa missão”, destacou a museóloga e Chefe do Departamento de Museologia da DPHDM, Capitão de Fragata (Quadro Técnico) Patrícia Miquilini Gomes.
Em seguida, o público conheceu a mostra temporária “A Segunda Guerra Mundial pelo Arquivo da Marinha: Memória em Documentos Arquivísticos”, que apresenta fotografias, registros e relatos sobre a atuação da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. A exposição percorre uma linha do tempo que destaca aspectos estratégicos e operacionais dessa participação.

“A documentação arquivística aberta ao público nesta exposição é um importante acervo histórico, que nos permite compreender os desafios e a atuação da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial”, afirmou a museóloga e Encarregada da Divisão de Exposições da DPHDM, Capitão de Corveta (Quadro Técnico) Bárbara Maria Lima de Souza Martins. Segundo ela, os documentos, cuidadosamente preservados e disponibilizados, constituem “uma janela para o passado, oferecendo uma visão detalhada da contribuição da Marinha na defesa do País, além de ser um recurso valioso para historiadores e pesquisadores.”
A programação incluiu ainda o lançamento do livro “Para que todos lessem: O pioneirismo de Theotonio Meirelles da Silva na Historiografia Naval Brasileira”, escrito pela Capitão de Mar e Guerra (Reserva) Edina Laura Nogueira da Gama. A obra apresenta um estudo sobre a contribuição do primeiro historiador naval brasileiro para a construção da narrativa histórica da MB. Meirelles da Silva dedicou suas pesquisas à “Mocidade Estudiosa” e às “Gerações Vindouras”, com o objetivo de tornar a História Naval acessível e fiel aos registros documentais. Seu trabalho permanece como referência para o entendimento da formação da memória institucional da Força.

Ao reunir especialistas, estimular novas frentes de pesquisa e aproximar o público de documentos históricos, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha reafirma seu compromisso com a preservação e a divulgação da história naval brasileira. A iniciativa destacou o papel da cultura como elemento de conexão entre o passado e as futuras gerações.
Exposição: “A Segunda Guerra Mundial pelo Arquivo da Marinha: Memória em Documentos Arquivísticos”
Local: Museu Naval – Rua Dom Manuel, 15, Praça XV, Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Período: de terça-feira a domingo, até fevereiro de 2026
Horário: das 13h às 17h
Entrada: gratuita
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