Durante 22 dias a bordo do Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia”, 39 Aspirantes da Escola Naval (EN) e 132 alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) vivenciam a rotina de um navio de guerra, participando de exercícios e adestramentos no mar. Embora cumprindo requisitos diferentes, a comissão “Aspirantex 2025” complementa a formação militar-naval dos alunos das duas Escolas, sendo oportunidade de familiarização com as atividades e responsabilidades da vida embarcada, para os Aspirantes da Escola Naval; e de aprendizagem prática sobre os navios de guerra da Marinha do Brasil, para os alunos da EFOMM.
O Grupo-Tarefa, composto pelo Navio Doca Multipropósito “Bahia”, pelo Submarino “Riachuelo” e pelas Fragatas “Liberal”, “Defensora”, “Independência” e “União”, além do NDCC “Almirante Saboia” e de aeronaves, suspendeu do Complexo Naval Mocanguê (RJ), na última sexta-feira (10), e navegará pela costa brasileira com atracação prevista nos portos de Maceió, Recife e Salvador.

Já no primeiro dia de comissão, os alunos vivenciaram desafios operativos do exercício conhecido como LEAP FROG, quando navios posicionam-se lado a lado, mantendo distância, direção e velocidades constantes, compensando fatores naturais como vento, correnteza e amplitude das ondas. A manobra é fundamental para a precisa execução do Light Line, outro exercício que, aproveitando-se da proximidade, estabelece cabos de comunicação para passagem de material entre os navios.

As experiências adquiridas na “Aspirantex” fazem parte do ciclo escolar dos Aspirantes da Escola Naval. Após participarem dos adestramentos e acompanharem de perto as atividades desempenhadas pelos Oficiais do navio, os Aspirantes do segundo ano definem o rumo de suas carreiras durante a comissão, escolhendo entre os Corpos da Armada, de Fuzileiros Navais e de Intendentes da Marinha. O Aspirante Guilherme Cunha disse que “acompanhar na prática o que aprendem nos livros faz toda a diferença na hora da escolha” e o Aspirante Pedro Faria garantiu que “conhecer de perto o passadiço do navio, ratificou a escolha pelo Corpo da Armada”.

Acostumada com navios mercantes, foi a primeira vez que a praticante da EFOMM Caroline Benevides embarcou em um navio de guerra. Para ela, aprender na prática as diferenças e similaridades entre os navios de guerra e mercante não só ampliou o conhecimento, mas mudou sua perspectiva. “É interessante ver os comandos, o armamento de guerra e a forma como as informações sigilosas são tratadas. É bom poder ver tudo com outro olhar, com esse olhar de guerra, porque afinal as Marinhas Mercante e de Guerra trabalham juntas... por isso, está sendo muito importante”, afirmou.
Ao final da Operação, os Aspirantes retornarão a Escola Naval para dar continuidade à formação de Guardas-Marinha. Os alunos da EFOMM, por sua vez, cumprirão estágio obrigatório de um ano em navios mercantes, para, posteriormente, ingressar profissionalmente no mercado de trabalho.
Sobre a Escola Naval:
Com ingresso mediante processo seletivo, os aprovados recebem formação acadêmica e militar durante quatro anos na Escola Naval, no Rio de Janeiro (RJ), em regime de internato. Após conclusão, são declarados Guardas-Marinha e cumprem seis meses de ciclo pós-escolar em Viagem de Instrução, a bordo de navio da Esquadra. Ao regressaram dessa experiência, no posto de Segundo-Tenente, são movimentados para servir ao País em organizações militares da Marinha distribuídas em todo o território nacional. Integram o Serviço Ativo da Marinha e seguem a carreira militar.
Sobre a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante:
Com ingresso mediante concurso público, os aprovados recebem formação acadêmica e militar durante três anos, em regime de internato, em organizações militares da Marinha. Os aprovados oriundos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são matriculados no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), no Rio de Janeiro; e os aprovados das regiões Norte e Nordeste cursam no Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (CIABA), em Belém. Após conclusão, cumprem estágios de instrução obrigatórios por dez dias em navios da Marinha e por um ano em navios mercantes. Ao regressarem, estão aptos para trabalhar em navios mercantes como Oficiais de Náutica ou Oficiais de Máquinas, cumprindo requisitos de contratação da iniciativa privada.
Como ingressar na Marinha?
A Marinha do Brasil possui 20 formas de ingresso. As vagas, distribuídas pelos níveis fundamental, médio, médio técnico e superior, são voltadas para candidatos de 15 a 63 anos. As oportunidades abrangem concursos de carreira e processos seletivos para militares temporários. Esses podem servir por até 8 anos.
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Confira mais informações no site e rede social: https://www.concursos.marinha.mil.br/ e @vempramarinhaoficial
Comentários
Quero ingressar na Marinha, me tornar uma fuzileiro naval, tenho 19 anos e tenho sonho e força de vontade de servi as forças especiais da Marinha Brasileira.
Minha filha está se formando na Effon esse ano e foi muito gratificante o quanto ela cresceu como mulher; determinada, confiante e orgulhosa de servir o seu país. Obrigado a Marinha pelo trabalho, não só com os alunos mais com a dedicação a nossos mares.
Eu só tenho a agradecer tanto à Marinha do Brasil quanto à Marinha Mercante o quanto representam na minha vida e formação. Obrigado!
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