A tarde desta quarta-feira (26) foi uma grande aula de história para alunos da Escola Municipal Almirante Barroso, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ). Cerca de 30 crianças, do 5º ano do ensino fundamental, visitaram o Museu Naval, no Centro da cidade, e, por meio de atividades lúdicas, puderam conhecer em detalhes a história do herói da Batalha Naval do Riachuelo, cujo nome batiza a escola.  

Ao percorrerem os salões do museu, os alunos fizeram uma visita mediada pela exposição sobre o Almirante Francisco Manuel Barroso, na sala sobre a Guerra da Tríplice Aliança. ‘‘Eu estou adorando. Fiquei muito feliz em saber que a minha escola tem o nome de um Marinheiro tão importante. Herói que ajudou a vencer uma batalha. Agora entendi por que comemoramos o dia 11 de junho”, disse Luane da Silva Leite, de 10 anos, fazendo alusão ao aniversário da escola e ao Dia da Marinha.

Além da exposição, os alunos participaram de um “cine pipoca”, com a exibição de um filme sobre a Batalha Naval do Riachuelo; de uma atividade intitulada ‘‘cápsula do tempo”, em que escreveram reflexões, que foram guardadas em uma cápsula, para serem abertas e lidas no aniversário da escola, no próximo 11 de junho; do jogo “Batalha Naval”, em que cada um representou um papel e conheceram o alfabeto náutico.

Para a Capitão de Corveta (Quadro Técnico) Renata da Rocha Pereira, que organizou a atividade com os alunos, a agenda foi pensada para unir conhecimento e lazer, de forma lúdica. ‘‘Procuramos estimular a capacidade de estratégia, a coordenação e o raciocínio lógico, além de fomentar valores pátrios por meio do conhecimento da história naval e dos nossos heróis, em especial o Almirante Barroso, e explorar a criatividade e a expressão oral e escrita das crianças”, ressaltou ela, que é responsável pela Divisão de Educação em Museus, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.

E tem quem saiu do museu já querendo voltar. ‘‘Quero muito chegar em casa e contar para os meus amigos da rua a história do nome da minha escola. Quero voltar com eles aqui. Foi muito legal”, disse Ana Beatriz Silva Ferreira, de 10 anos.

Já Gabriel Correia dos Santos Dias, de 10 anos, ficou emocionado, pois foi a primeira vez que visitou um museu. ‘‘Hoje, eu aprendi coisas que eu não conhecia. Nunca tinha vindo a um museu. Achei tudo muito legal. O Almirante Barroso batalhou e tem muita história. Me sinto muito feliz que ele dá nome à minha escola”, comemorou.

História da Batalha Naval do Riachuelo

A Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), maior conflito na história da América do Sul, deixou um legado de união, solidariedade e superação aos brasileiros, com emprego das Forças Armadas e plena mobilização da sociedade brasileira. Na campanha naval, o Brasil enfrentou uma Marinha preparada para o ambiente fluvial e com vantagens, tanto pela proximidade do apoio logístico, como pelo apoio de fogo de terra.

A Batalha Naval do Riachuelo, evento decisivo e vitorioso ocorrido em 11 de junho de 1865, foi marcada pela bravura de aguerridos Marinheiros e Fuzileiros Navais, que, incentivados pelos célebres sinais de Barroso: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” e “Sustentar o Fogo, que a vitória é nossa”, superaram adversidades de toda ordem, muitos deixando suas vidas em combate.

Por conta desse episódio histórico, em 11 de junho, o País celebra o Dia da Marinha, data magna da Força Naval, relembrando os feitos heroicos dos homens que lutaram na Batalha Naval do Riachuelo e divulgando seu legado às gerações que os sucederam.

Almirante Barroso

O Chefe de Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva, depois Almirante e Barão do Amazonas, participou da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, operando no Rio Paraná e, depois, no Rio Paraguai, até a Batalha de Curupaiti. Comandou a força naval brasileira que venceu, em 11 de junho de 1865, a Batalha Naval do Riachuelo, no Rio Paraná.

A vitória foi alcançada graças à coragem e à iniciativa de Barroso, que, após conseguir escapar da armadilha, preparada pelos paraguaios, nas proximidades da foz do Riachuelo, com canhões e tropas na margem do rio, e navios e chatas (embarcações de fundo chato) artilhadas, retornou ao local e empregou a Fragata Amazonas, seu Capitânia, para abalroar e destruir navios inimigos.

A Esquadra oponente foi praticamente aniquilada, não tendo mais papel relevante nessa guerra. Foi mantido o bloqueio que impediu o Paraguai de receber armamento e os navios encouraçados que encomendara no exterior, e as tropas paraguaias acabaram retrocedendo, por verem seu flanco e sua logística, em território invadido, ameaçados.

Assista ao vídeo:

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