No último sábado (2), a equipe de paraquedismo esportivo da Marinha “Netunos” conquistou o topo do pódio no 3º Campeonato Brasileiro de Paraquedismo Indoor, promovido pela Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), em São Paulo (SP). Com o resultado, o time se torna líder absoluto do ranking nacional de “Formação em Queda Livre (FQL)”, além de ser o único do País a garantir, em uma mesma temporada, todos os títulos na modalidade.

A vitória foi alcançada após disputa acirrada entre as equipes “Netunos”, “XBR” e “Prime”. Em um túnel de 12 pés (3,6 metros), cada time, formado por quatro integrantes, precisou executar o máximo de figuras sorteadas pelos organizadores, no tempo de 30 segundos. Os Sargentos da Marinha Jean Joshua Araujo Scripnic, Marcelo Galvão Saraiva, Alisson Paulo de Vargas e Lucas Dalla Rosa Weiss totalizaram 194 pontos, somadas as oito rodadas.


Recorde atrás de recorde

Além de ser a primeira equipe do Brasil a conquistar todos os títulos da modalidade em um único ano, a equipe de paraquedismo da Marinha fez história ao ser a única das Forças Armadas brasileiras a participar da categoria “Freefly Dinâmica”, com manobras de estilo livre, como as em que o atleta fica de cabeça para baixo. Os Sargentos Renan Seccomandi e Gustavo Vendramini, recém ingressados no PROLIM, abriram caminho para essa nova vertente.

De acordo com o gerente-executivo do Programa Olímpico da Marinha (PROLIM), Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) José Jorge da Silva, a campanha bem-sucedida coroa um trabalho de reestruturação da equipe de paraquedismo da Força Naval, projeto que completa uma década em 2023. “Nossa meta era ser a primeira equipe do ranking nacional, o que conseguimos este ano. A próxima etapa é estar entre as 10 melhores do mundo”, comemora.

Referência no paraquedismo

As conquistas deste fim de semana e do 45º Campeonato Brasileiro de Paraquedismo Outdoor, que aconteceu em junho, em Goiânia (GO), permitem que os militares da Marinha representem o País nas competições internacionais, em 2024. Mas para ter alguma chance, será preciso ampliar o volume de treinamento. Somente em 2022, a “Arizona Airspeed”, atual melhor do mundo, realizou 3.000 saltos, enquanto a equipe naval executa, em média, de 90 a 110, por ano.


Os norte-americanos também treinam o dobro de horas de túnel. “Para nós, as condições de treinamento no Brasil são um desafio. O nosso túnel de treino é de 12 pés, que, embora tenha nos atendido até aqui, é o menor tamanho homologado pelos órgãos internacionais do esporte. Esse diâmetro não nos possibilita praticar todas as figuras, uma desvantagem nas competições fora do País”, explica o gerente-executivo do PROLIM.

Mesmo com todas as dificuldades, a Força Naval conseguiu tornar-se referência no esporte. “A Marinha mantém um núcleo de apoio aos atletas, que cuida desde a preparação física até questões logísticas. É algo que as equipes civis não costumam oferecer, mas que começam a entender a real necessidade. Se não for assim, não chegaremos a uma pontuação no nível internacional, mesmo dispondo de atletas de alto rendimento”, avalia o Comandante.

Investimento no esporte

A equipe “Netunos” conta, atualmente, com sete paraquedistas e cinco militares responsáveis pelo apoio. O grupo integra o Programa Olímpico da Marinha (PROLIM), que visa à preparação de cerca de 200 atletas da Força Naval para representarem o Brasil em competições do Conselho Internacional do Esporte Militar e em grandes eventos esportivos de 23 modalidades.
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