Pai e filha encantados ao avistar a histórica fortaleza. Foi dessa forma bem artística que iniciou a Parada Após o Pôr do Sol, alusiva ao Dia da Marinha, realizada ontem (22) pelo Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), na Fortaleza de São José (FSJ), no Rio de Janeiro.

A cerimônia teve a presença de diversas autoridades civis e militares, que acompanharam as demonstrações artísticas e projeções de imagens da história do País, desde de que os Fuzileiros Navais escoltaram a Família Real de Portugal para o Brasil.

Durante o show, houve apresentação do Pelotão de Ordem Unida Silenciosa do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). Os militares impressionaram o público pela habilidade no manejo do fuzil, movimentos precisos e grande capacidade de trabalho em equipe.

A solenidade continuou com projeções na fachada da FSJ, salva de tiros de festim com canhões do fim do século XIX e um passeio pela Independência, pela Batalha Naval do Riachuelo (11 de Junho - Dia da Marinha), entre outros momentos marcantes na história do País. Essa jornada seguiu até os dias atuais, com atores e telões mostrando a construção das Fragatas Classe “Tamandaré” e o Programa de Submarinos da Marinha (PROSUB).

Além disso, aconteceu um desfile de veículos militares: motociclistas, Jeep Anfíbio (“JeepAnf”), de 1944, com homens utilizando uniformes da época, Viatura Blindada Piranha, Joint Light Tactical Vehicle (JLTV), o novo blindado da Marinha, e a viatura UNIMOG U5000, que pode ser utilizada nas mais variadas missões.

Em outra exibição, a Banda Marcial do CFN formou figuras e caracteres enquanto executava dobrados e canções populares adaptadas. Mesmo no escuro, militares foram capazes de fazer movimentos perfeitos, encantando o público.

A participação das mulheres na Marinha do Brasil (MB), em vários postos e funções, também foi destacada no roteiro. A Banda Sinfônica do CFN, que tem a Primeiro-Tenente Liana Magalhães como regente, apresentou sucessos nacionais e internacionais. Em outro momento, o Cabo (Fuzileiro Naval) da reserva Paulinho Mocidade interpretou Sonhar não custa nada, ou quase nada, samba-enredo histórico da Mocidade Independente de Padre Miguel em 1992.

Com o inconfundível som das gaitas de fole, foi realizado um Cerimonial à Bandeira comandado pela Guarda-Marinha (Fuzileiro Naval) Helena de Souza Medeiros, primeira Oficial Fuzileiro Naval do sexo feminino formada na Escola Naval. A apresentação teve forte simbolismo e emoção, e o público acompanhou atento o Pavilhão Nacional ser cuidadosamente dobrado pelos militares.

Ao final, as Bandas Sinfônica e Marcial, Paulinho Mocidade e o coral de crianças do Programa Forças no Esporte  (PROFESP) do Batalhão Naval cantaram juntos Aquarela do Brasil. Fogos de artifícios disparados do alto da Fortaleza finalizaram a apresentação, arrancando muitos aplausos do público.