As Forças Armadas têm um objetivo em comum: atuar em defesa da Nação, onde e quando forem chamadas. Nesse sentido, para enfrentar e superar os desafios impostos pela região Amazônica, o Ministério da Defesa deu início à primeira fase da “Operação Atlas” 2025, que, mais do que um adestramento militar conjunto, envolverá: planejamento, deslocamento e exercícios que visam à proteção da Região Norte do País.
Durante a abertura da Fase 1 da operação, realizada na segunda-feira, 30 de junho, na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, destacou a importância estratégica dos exercícios.
“A ‘Operação Atlas´ representa um novo marco na defesa nacional. É uma oportunidade real de fortalecer a interoperabilidade, testar nossas capacidades logísticas e planejar, de forma integrada, a atuação das Forças Armadas diante dos desafios atuais. Estamos diante de uma operação sem precedentes no Brasil, que exige profissionalismo, comprometimento e visão estratégica. A história será escrita por quem souber planejar, executar e aprender com excelência”, afirmou.

Histórico
Desde sua criação, há 25 anos, o Ministério da Defesa coordena exercícios conjuntos em todas as regiões do País, a fim de fortalecer a atuação integrada das Forças Armadas e permitir que as tropas identifiquem dificuldades a serem superadas nos diversos ambientes e biomas brasileiros.
A ‘Operação Atlas´ é um exercício militar conjunto com foco no deslocamento estratégico das capacidades de defesa, distribuídas pelo País, para concentração em um teatro de operações na Amazônia. O exercício compreende ainda a execução de ações táticas e tarefas da Marinha, do Exército e da Força Aérea, em terra, nos rios, no mar e no espaço aéreo correspondente.
O regime sazonal dos rios, a escassez de vias de transporte e a necessidade de múltiplos modais impõem cenários complexos, exigindo inovação e coordenação para garantir a mobilidade e o suprimento das tropas. Assim, as Forças Armadas atuam na Amazônia de forma permanente e contribuem para a integração da região, que apresenta o maior desafio em termos de logística, com as demais do País.
Por conseguinte, a operação contribui para a economia de recursos, pois muitos dos meios e militares permanecerão à disposição do Governo Federal para a segurança da COP30, a ser realizada de 10 a 21 de novembro, no Pará.
Em suma, a Operação será desenvolvida em três fases:
Fase 1 | Realização do planejamento conjunto, com definição de estratégias, integração de ações e ambientação dos participantes. |
Fase 2 | Deslocamento estratégico de meios e efetivo para a Amazônia. |
Fase 3 | Execução de atividades táticas em ambientes terrestre, aquático e aéreo, exigindo elevado desempenho logístico e capacidade de atuação em longas distâncias. |
A programação da fase inicial incluiu apresentações sobre inteligência estratégica, integração operacional, logística, segurança orgânica e medidas administrativas. Ao final, os participantes foram alocados em salas de planejamento, onde desenvolveram as diretrizes para as fases seguintes da operação.

“Esta Escola de Altos Estudos sente-se honrada em sediar a Fase 1 da ‘Operação Atlas´ 2025, dedicada ao planejamento e às ações de comunicação estratégica. É motivo de orgulho fazer parte do primeiro exercício de adestramento logístico conjunto do Ministério da Defesa, coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Contem com o apoio do efetivo e com toda a estrutura da Escola Superior de Defesa para contribuir com o pleno êxito desta operação”, destacou a Comandante da Escola Superior de Defesa, Major-Brigadeiro (Médica) Carla Lyrio Martins.
Assista ao vídeo:
youtube[https://www.youtube.com/embed/yGyc98VySF0]
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