Há mais de 30 anos, o então Cabo (Manobras e Reparos - MR) Nilton Faria Ferreira saiu da cidade do Rio de Janeiro para a Dinamarca, com o desafio de trazer para o Brasil o Navio de Socorro Submarino (NSS) “Felinto Perry”, que seria incorporado à Marinha do Brasil (MB). Após bons serviços prestados à Força Naval, o Terceiro-Sargento Faria foi para reserva em 2010. Tempos depois, foi acometido por uma doença, que resultou na perda da visão.

 

Com as lembranças ainda vivas em sua memória e coração, o Sargento (MR) Faria revelou, recentemente, que tinha o desejo de realizar um sonho: tocar pela última vez o NSS “Felinto Perry”, após saber da desativação do navio. “Eu recebi uma ligação com uma história fantástica sobre um ex-tripulante que desejava tocar no navio pela última vez. Ele estava cego e queria subir a prancha para sentir o navio”, contou o responsável pelo casco do ex-NSS, Capitão-Tenente Escafandrista Diego Rodrigo de Castro Santos. A partir deste pedido, o Comando de Força de Submarinos planejou este reencontro especial.

 Ontem (08), na Base de Submarinos Almirante Castro e Silva, em Niterói (RJ), o 3ºSG-MR Faria foi recebido a bordo do ex-NSS “Felinto Perry”, com uma surpresa: a bordo estava seu primeiro Comandante, o Capitão de Mar e Guerra Chrysógeno Rocha de Oliveira, também da reserva, juntamente com o atual Comandante da Força de Submarinos, Contra-Almirante Manoel Luiz Pavão Barroso. Também estiveram presentes ex-comandantes e ex-tripulantes do navio. Ao visitar o navio, o Sargento (MR) Faria não segurou a emoção e agradeceu pela oportunidade de realizar o seu sonho.

 Saiba mais sobre o NSS “Felinto Perry”


Descomissionado da Marinha do Brasil, em 14 de dezembro de 2020, o Navio de Socorro Submarino “Felinto Perry” foi o navio responsável por apoiar os submarinos da Esquadra brasileira por 32 anos, tendo sido substituído, nessa atividade, pelo NSS “Guilhobel”.

Entre as muitas operações das quais participou, destacam-se a primeira Operação “SUBSAR”, realizada com acoplamento do Sino de Resgate Submarino, que proporcionou maior segurança para as tripulações de submarinos; as Operações “Antártica”; e mais recentemente, o apoio às buscas pelo submarino argentino ARA “San Juan”, quando apresentou, internacionalmente, sua principal característica, a prontidão. No total, perfez 1.797 dias de mar, navegando 189.483 milhas náuticas.

 

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