Salve, lindo pendão da esperança!
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança.
A grandeza da Pátria nos traz.

Ao som do Hino à Bandeira, o maior Pavilhão Nacional foi substituído hoje (04), em Brasília (DF), durante a cerimônia realizada pela Marinha do Brasil (MB) , que contou com a presença de cerca de cinco mil pessoas assistindo. Todo o primeiro domingo de cada mês é feita uma solenidade na capital federal para a troca da Bandeira do Brasil, que fica localizada no mastro especial da Praça dos Três Poderes, com cem metros de altura.

Devido a deterioração provocada pelo tempo, a substituição se faz necessária e mantém o culto aos símbolos nacionais. O feito se tornou ainda mais relevante por fazer parte do calendário oficial de eventos do Distrito Federal, previsto em Lei de 2021, que inclui setembro como o mês do turismo cívico e tem atraído cada vez mais visitantes à Brasília.

A cada edição, a responsabilidade pela substituição do pavilhão nacional é dividida entre as Forças Armadas e o Governo do Distrito Federal. Neste ano, a atração também fez parte do calendário de comemorações dos 200 anos de Independência do Brasil.

A cerimônia

O hasteamento da nova bandeira foi realizada ao som do Hino Nacional executado pela Banda de Música do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília e do soar de sete vivas em toque de apito marinheiro, símbolo da tradição naval utilizado a bordo dos navios e das Organizações Militares da MB.

Uma bateria de salvas de 21 tiros de canhão também foi efetuada durante o içamento. O Hino à Bandeira foi cantado por todos, e acompanhado da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais durante o arriamento da bandeira substituída. Após o cerimonial, a Banda Marcial realizou uma apresentação ao público onde foram feitas várias evoluções formando diversas imagens entre elas uma âncora, símbolo da Marinha.

Moradores de Taguatinga, Região Administrativa do DF, o casal Lucas Lima (34 anos) e Thaís Rohrer (34 anos) participaram do evento pela primeira vez e gostaram muito do que assistiram. Thaís, que é servidora pública, revelou que o Bicentenário da Independência foi o atrativo para comparecerem e levarem o pequeno José, filho deles. "Mesmo morando aqui no DF, acaba que com a correria do dia a dia não aproveitamos tão bem o que a cidade oferece. Tiramos um tempinho e resolvemos vir. Foi uma manhã muito prazerosa e, com certeza, vamos repetir", comentou.

Luiz Augusto Gabriel Jasbinschek (72 anos) veio do Rio de Janeiro (RJ) para prestigiar o evento. “É uma grande oportunidade estar aqui em Brasília e assistir a essa linda cerimônia. Tenho familiares que já haviam falado sobre esse evento. Também quero visitar a exposição no Parque da Cidade e ir ao desfile do dia 7 de setembro, na Esplanada”.

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, anfitrião do evento, ressaltou a importância da cerimônia pelo seu caráter patriótico. "Quando navegamos pelos mares do mundo, é o Pavilhão Nacional que de certa forma nos conforta com a lembrança da Pátria que juramos defender. É um momento de muito patriotismo, de muito orgulho dos símbolos nacionais, é hora da gente colocar o nosso civismo em prática. Ser patriota não tem a ver com ser militar, ser patriota tem a ver com amar o seu país e desejar o melhor futuro para a sua nação. E é isso que todos os brasileiros devem procurar ser todos os dias, patriotas que amam sua nação e que desejam o melhor para o seu País", ressaltou.

Para o Comandante do 7° Distrito Naval, Vice-Almirante Gilberto Santos Kerr, a solenidade também  é uma oportunidade para o público local conhecer um pouco da Força. "Este evento cívico aproxima o público do sentimento de identidade e pertencimento e reforça as tradições navais", afirmou.

Após a substituição, o Pavilhão Nacional arriado é retirado da Praça dos Três Poderes e guardado para incineração no Dia da Bandeira. Pessoas e instituições que possuam Bandeiras do Brasil em mau estado de conservação podem entregá-las a qualquer Unidade Militar para que sejam incineradas em cerimônias que são realizadas na data festiva.

Curiosidade: Juvenil ou Varonil?

A dúvida está no trecho do Hino à Bandeira: "Recebe o afeto em que se encerra / Em nosso peito juvenil (varonil)". É possível encontrar versões contendo as duas expressões. Mas qual é a certa?

O Hino à Bandeira surgiu de um pedido feito pelo ex-Prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos, ao poeta Olavo Bilac para que compusesse um poema em homenagem à Bandeira, encarregando o professor Francisco Braga, da Escola Nacional de Música, de criar uma melodia apropriada à letra.

Em 1906, o hino foi adotado pela prefeitura passando, desde então, a ser cantado em todas as escolas do Rio. Os documentos dessa época apresentam a versão com a palavra juvenil. De acordo com trabalhos acadêmicos, a expressão Varonil começou a ser utilizada provavelmente pela Força Expedicionária Brasileira. A explicação é que o termo seria mais apropriado para ser cantado pelos soldados à época.

Exposição da Independência

Também neste domingo, encerra-se a Exposição da Independência no Estacionamento do Parque Ana Lídia, em Brasília. O evento teve início no dia 02 e contou com a mostra de meios operativos, oficinas e apresentações de bandas militares. Confira no vídeo como foi o evento.

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