Milhares de pessoas prestigiaram, neste sábado (7), o tradicional Desfile Cívico-Militar de 7 de Setembro, em Brasília (DF), que este ano foi comemorado sob o tema “Independência e Democracia – É o Brasil no rumo certo”. Cerca de 500 militares da Marinha do Brasil (MB) participaram da cerimônia, que contou ainda com efetivos do Exército, da Força Aérea e de Forças Auxiliares.

Trinta e um atletas que representaram o Brasil na Olimpíada de Paris abriram o desfile. Alguns deles são militares do Programa Olímpico da Marinha (PROLIM), que participou dos Jogos deste ano com 43 atletas e conquistou 30% das medalhas do País. Este ano, a cerimônia também homenageou o esforço da nação em apoiar e reconstruir o Rio Grande do Sul, após a crise climática que assolou o estado, em maio deste ano.

A Marinha esteve presente com os aviões de ataque naval AF-1 “Skyhawk”, que sobrevoaram a área do desfile, enquanto destacamento de Marinheiros e Fuzileiros, incluindo as primeiras mulheres formadas Soldados-Fuzileiros Navais da história, aspirantes da Escola Naval, Comandos Anfíbios, Mergulhadores de Combate e militares da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais marchavam em terra.

Durante o desfile motorizado, o público teve oportunidade de conhecer de perto os Carros-Lagarta Anfíbios (CLAnf), transporte de tropas pelo mar e pela terra; as viaturas do sistema ASTROS II, capazes de lançar munições de diferentes calibres a distâncias de até 300 quilômetros; além das viaturas blindadas sobre rodas Piranha IIIC e JLTV e sobre lagarta M113, empregadas em missões de paz e apoio à segurança pública.

O poder de fogo da Força Naval brasileira também teve espaço na cerimônia, com a exibição do moderno míssil anti-navio de superfície MANSUP, desenvolvido pela Indústria Nacional de Defesa; dos torpedos MK-46 e MK-48, que equipam navios para combater ameaças submarinas e de superfície; minas para detonar alvos submarinos próximos à superfície; e bombas aéreas, lançadas por aeronaves de asa fixa.

A aeronave remotamente pilotada RQ-1 “Scan Eagle” e seu lançador terrestre, utilizada em missões de inteligência, vigilância e reconhecimento, e lanchas de inspeção naval blindadas, empregadas em operações ribeirinhas encerraram a participação da Marinha nesta edição do Desfile de 7 de Setembro, em Brasília. A data também foi celebrada com cerimônias cívico-militares em diversas cidades.

Exposição da Semana da Pátria

As comemorações pela Independência continuam com a Exposição da Semana da Pátria, até as 17h de hoje e amanhã (8), das 9h às 17h, no Parque Ana Lídia, na capital federal. A mostra conta com a apresentação de meios operativos das Forças Armadas e Auxiliares, e de órgãos de Segurança Pública. No domingo, às 10h, haverá a apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais.

"É uma grande honra para a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais participar dessa cerimônia. Nossos militares utilizam a tradicional gaita de fole, que sempre chama bastante atenção do público nas apresentações. Além disso, nossos militares músicos formam caracteres e figuras enquanto executam as canções.  Destacamos hoje a âncora, símbolo representativo da Marinha do Brasil", afirma o regente da Banda, Primeiro-Tenente (Auxiliar Fuzileiro Naval) Irineu Rocha.

No espaço da Marinha, além do acesso a viaturas blindadas, os visitantes podem interagir com simuladores de paraquedismo, de periscópio (instrumento utilizado para observação em submarino) e de passadiço (área do comando de um navio). Também são exibidos uma embarcação, maquetes de navios, um veículo snowmobile, utilizado para transporte na neve em missões na Antártica, entre outras atrações.

Sobre a Banda Marcial

A Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais, pertencente ao Batalhão Naval, sediado na Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, desde 1809, junto do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, é uma das maiores bandas marciais do mundo, tendo como diferenciais: suas evoluções com movimentos sincronizados compondo diversos tipos de figuras, dentre elas a âncora, considerado o símbolo tradicional das forças navais, bem como as suas tradicionais e incomparáveis gaitas de fole escocesas, que foram um presente da Rainha da Inglaterra para o USS Saint Louis, da Marinha Americana, que foi incorporado à nossa Esquadra em 1951, como Cruzador Almirante Tamandaré. Assim, a Banda Marcial do CFN recebeu as 16 gaitas escocesas, em agradecimento ao CFN, que ofertara ao navio a Bandeira do Brasil.

Sua origem remonta a 1808, por ocasião da chegada da Família Real ao Rio de Janeiro, que trouxe consigo a Banda da Brigada Real da Marinha, composta, à época, por 60 músicos. Essa formação durou até 1946, quando passou a ter 128 militares. Em 1968 passou a ter 170 componentes, tornando-se a maior banda marcial militar e, também, a maior banda de gaitas escocesas do mundo. Atualmente, possui 112 instrumentistas, além do Mestre, do Auxiliar, do Schellenbaum (estandarte tradicional, uma “árvore de sinos”, representativo das maiores bandas marciais do mundo, presente da Alemanha à Banda do CFN) e do Baliza (que vai à frente efetuando coreografias).
 

Comentar

O conteúdo deste campo é privado e não será exibido ao público.

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são feitos automaticamente.
  • Endereços de página da web e endereços de e-mail se tornam links automaticamente.