O Brasil e outros seis países sul-americanos começam a revisar, a partir desta segunda-feira (8), seus planos nacionais de ação para prevenção e redução da poluição marinha causada por transportes marítimos e embarcações pesqueiras. Os trabalhos acontecem em Brasília-DF, durante encontro do Projeto de Parceria “GloLitter”, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, da sigla em inglês) e pela Organização Marítima Internacional (IMO, em inglês).

Segundo o Chefe do Estado-Maior da Armada brasileira, Almirante de Esquadra André Luiz Silva Lima de Santana Mendes, a biodiversidade marinha contribui para o sustento das economias do continente e proporciona meios de subsistência para milhões de pessoas. “A nossa região depende de nossas ações para proteger e utilizar de forma responsável as riquezas que nossos oceanos oferecem. Juntos, estamos trilhando um caminho para um futuro mais seguro, próspero e sustentável”, afirma.


Ao longo desta semana, autoridades dos países parceiros do “GloLitter”, que incluem Argentina, Colômbia, Equador e Peru; além do Brasil, líder regional do projeto; e dos convidados Chile e Uruguai, dividem experiências bem-sucedidas de combate à poluição marinha. “Um dos objetivos desse primeiro workshop regional é compartilhar melhores práticas, a fim de aplicá-las dentro do contexto não apenas do transporte marítimo, mas também da Marinha”, explica o Encarregado da Divisão de Coordenação para os Assuntos da IMO, Capitão de Mar e Guerra Paulo Roberto da Costa Barros.

A Marinha do Brasil integra a Força-Tarefa nacional empenhada no desenvolvimento do plano de ação, junto com outras instituições. “O desafio da poluição plástica, que acaba vazando para os recursos hídricos, é um problema muito difícil, interconectado, que precisa de coordenação. Por isso, para o Ministério do Meio Ambiente, trabalhar com a Marinha do Brasil e outros ministérios é extremamente relevante para avançar nesse tema”, avalia o Secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Felicio Maluf Filho.

Parte dos resíduos encontrados no mar é proveniente de embarcações, segundo o Coordenador de Assuntos Ambientais da Comissão Coordenadora para os Assuntos da IMO, Flávio Haruo Mathuiy. “É um projeto que visa combater o lixo plástico oriundo dos navios e embarcações pesqueiras, porque sabemos que 20% do que está, hoje, nos oceanos tem essa origem. O Brasil, como líder regional, procura ajudar os países da América Latina de forma que a gente consiga melhorar as políticas públicas aqui e também dos países parceiros”, conclui.

Assista ao vídeo:

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