A Marinha do Brasil (MB) está apoiando as buscas por uma família que desapareceu no Rio Madeira, nas proximidades da comunidade Urumatuba, em Manicoré, interior do Amazonas, após uma balsa colidir contra a casa flutuante onde a família morava.
Desde sexta-feira (17), meios navais e aeronavais subordinados ao Comando do 9º Distrito Naval estão sendo empregados no local, incluindo lanchas rápidas, um helicóptero Tipo Esquilo e o Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Negro”. No domingo (19), o corpo de uma das vítimas foi encontrado e outras três seguem desaparecidas.
O Comandante do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste (1ºEsqdHU-91), Capitão de Fragata João Langsch Neto, informou que nos últimos três dias, a aeronave empregada na ação realizou aproximadamente 12 horas de voo na região em busca de sobreviventes.
“A maior probabilidade de encontrar as vítimas com vida após um acidente é o mais próximo possível da hora do fato. Então, quando a Marinha recebeu a demanda, deslocou os meios navais para a área e acionou imediatamente o Esquadrão. Recebemos a notícia por volta de 11h e às 12h48 já estávamos decolando para Manicoré”, afirmou o Comandante.
A aeronave foi enviada com uma tripulação de quatro militares, sendo dois pilotos, o fiel da aeronave (responsável em auxiliar o piloto durante o voo) e um Tripulante Aéreo de Resgate (TAR). Segundo o Comandante Langsch, o TAR é um militar qualificado especificamente para missões de resgate, podendo ser arriado por guincho para resgatar alguém na água ou na margem e trazer essa pessoa para dentro da aeronave, sempre que possível. “Normalmente, as missões associadas a evento SAR contam com a presença de um TAR”, explicou.

Coordenação
Em conjunto com demais órgãos, como o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do município, a Agência Fluvial de Humaitá coordena as buscas e realiza o controle do tráfego aquaviário na região.
“Todos esses dias, estamos vindo ao local do acidente observando toda a margem, para tentar encontrar alguma vítima. Em coordenação com o Corpo de Bombeiros, fechamos os locais das buscas e prestamos apoio à comunidade local”, disse o Agente Fluvial de Humaitá, Capitão-Tenente (Auxiliar da Armada) Valmir Alves de Souza. “Foram coletados todos os dados documentais para subsidiar o Inquérito Administrativo a fim de apurar as causas e circunstâncias do acidente. O inquérito será conduzido pela Capitania Fluvial de Porto Velho”, complementou.
Aviso Hidroceanográfico
O Comandante do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Negro”, Capitão-Tenente Luis Felipe Garla Gomes, informou que o navio conta com 27 militares a bordo executando múltiplas tarefas, como a busca por sobreviventes nas margens e encostas com a vigilância visual estabelecida no próprio Navio; atendimento de saúde aos familiares que estão na comunidade de Urumatuba; e apoio logístico às demais Unidades de Busca e Salvamento que estão na área de busca.
“Ainda nessa busca por sobreviventes, estamos empregando a lancha orgânica do navio (‘Abunã’). A Lancha ‘Abuña’ também é utilizada para translado e apoio durante as operações de mergulho da Equipe do Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas”, afirmou o Comandante.

* Imagem Capa: Marinha do Brasil
Comentários
Excelente trabalho realizado pela Marinha do Brasil, junto com outras unidades de busca e salvamento fim resgatar essa família desaparecida durante esse "sinistro". Ate o momento, tudo o que, mas, pergunto: a empresa responsável por esse lamentável acidente foi notificada e indiciada? Ela esta prestando apoio (uma obrigatoriedade) junto às forças de resgate? Esta prestando apoio aos familiares das vitimas? Deveria ser prioridade.
O que seria do povo ribeirinho se não fosse a participação efetiva da Marinha na vida deles! Acredito que o povo ribeirinho deve ser muito grato a Marinha, até porque recebem assistência médica também. Bravo Zulu !!!
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