A 37ª Corrida do Corpo de Fuzileiros Navais e a 17ª Corrida do Corpo de Intendentes da Marinha acontecem no próximo domingo (25), no Aterro do Flamengo (RJ). A tradicional prova, já conhecida pela energia e originalidade das disputas entre pelotões militares e civis, estreia categorias para Pessoas com Deficiência (PcD), tornando ainda mais inclusiva uma das corridas de rua mais democráticas da cidade.

De acordo com o Coordenador do Programa Paralímpico da Marinha (PARAPROLIM), Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval da Reserva) José Reis, a edição de 2025 da corrida passa a contemplar, de forma inédita, categorias para paratletas. “É uma grande satisfação poder dizer que, neste ano, teremos pessoas com deficiência participando de forma competitiva da nossa tradicional Corrida dos Fuzileiros Navais e Intendentes da Marinha”, destacou.

A iniciativa está alinhada à trajetória da Marinha do Brasil (MB) no apoio ao paradesporto, iniciada em 2015, com o que viria a se tornar o Programa Paralímpico da Marinha. Atualmente, o projeto, que tem como objetivo principal a inclusão social de pessoas com deficiência por meio do esporte, atende mais de 250 atletas, em oito modalidades, tendo como base o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN).

Resultado da evolução do programa e da parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o CEFAN foi homologado como centro de referência paralímpico, contribuindo para o desenvolvimento do esporte paralímpico nacional. Localizado no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, o Centro de Educação Física da Marinha atende atletas que praticam as seguintes modalidades esportivas: atletismo, halterofilismo, natação, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, judô e paraesgrima.

Para o atleta de halterofilismo Gustavo Dias, que possui deficiência por amputação de perna, o esporte é transformador na vida de qualquer pessoa, com deficiência ou não. “Foi por meio da deficiência que comecei a praticar esporte e passei a sentir que minha vida realmente começou a valer a pena. Antes, eu tinha uma vida comum, sem grandes pretensões. Com o esporte, passei a ter um futuro e comecei a enxergar o ‘quadro da vida’ de forma diferente. Fazer parte do PARAPROLIM é motivo de grande orgulho. A cada competição, dou sempre o meu melhor, com todo o suporte que a Marinha me oferece”, afirmou.

Atualmente, o PARAPROLIM é aberto à sociedade e atende pessoas com deficiência física e intelectual. Em 2024, foi firmada uma parceria com a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Intelectuais, o que possibilitou que atletas com Síndrome de Down passassem a participar de competições de natação.

A origem do Projeto Paralímpico da Marinha

O apoio da MB às pessoas com deficiência começou em março de 2015, quando o então Comandante do CEFAN autorizou um professor de educação física, especializado em treinamento paralímpico, a levar pessoas com deficiência, vinculadas à sua associação, para praticar atividades físicas nas instalações do CEFAN. Destinado ao desenvolvimento da educação física e do esporte, o Centro possui infraestrutura de qualidade, onde podem ser praticadas mais de 20 modalidades esportivas.

Com o aumento do número de pessoas com deficiência frequentando o CEFAN, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) propôs uma parceria para utilização das instalações do Centro. Firmada em 2018, a parceria tem como objetivos oferecer oportunidades de inserção social por meio do esporte e fomentar a descoberta de talentos esportivos. Para isso, a Marinha disponibilizou ao CPB as instalações do CEFAN, permitindo a realização de treinamentos, competições, avaliação de atletas e capacitação técnica.

Segundo o coordenador do PARAPROLIM, Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval da Reserva) José Reis, o primeiro acordo de cooperação com o CPB foi firmado em 2018 e, desde então, vem sendo renovado. “A última renovação é válida por quatro anos, abrangendo todo o ciclo olímpico, de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2028. O projeto só cresce: começamos com duas modalidades e, atualmente, já são oito. Além do apoio do CPB, contamos com recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, que contempla mais duas modalidades: a paraesgrima e o judô”, destacou.

Como participar do PARAPROLIM

O PARAPROLIM é aberto à sociedade e oferece oportunidades para pessoas com deficiência física e intelectual. Para mais informações sobre inscrições, acesse a página no Instagram @paraprolim

Requisitos para participar:
   • Ter entre 8 e 40 anos;
   • Possuir laudo médico que comprove a deficiência;
   • Apresentar avaliação médica que ateste aptidão para a prática esportiva; e
   • Agendar uma visita ao CEFAN para realização da avaliação física.

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