Após 54 dias, o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste finalizou a Comissão SONDOPE-2025, de levantamento hidrográfico do Rio Paraguai, no trecho entre a foz do rio Apa e até Assunção, no Paraguai. A ação foi realizada por meio do Aviso Hidroceanográfico Fluvial (AvHoFlu) “Caravelas”, subordinado ao CHN-6. O navio iniciou a comissão em 29 de abril e atracou na Base Fluvial de Ladário (BFLa) em 21 de junho.

A comissão é fruto de um acordo bilateral entre o Brasil e o Paraguai. Anualmente, a Marinha do Brasil realiza o levantamento de dados batimétricos desse trecho, pertencente ao território paraguaio.

Devido à dinâmica do rio, principalmente nos períodos de seca e cheia, é necessário verificar as profundidades para assegurar a segurança da navegação das diversas embarcações que utilizam essa hidrovia, importante rota para a economia e o comércio dos países da região. Por esse canal também transitam embarcações brasileiras que garantem as operações de exportação e importação nacionais.

No período em que esteve atracado na cidade de Assunção, no Paraguai, o navio recebeu a visita do Diretor de Hidrografia e Navegação da Armada Paraguaia, Capitão de Mar e Guerra Milciades Coronel Gonzalez, que destacou a relevância do trabalho: “A parceria entre os dois países é de suma importância, uma vez que os levantamentos hidrográficos realizados resultarão na atualização das cartas náuticas, permitindo assim que as embarcações naveguem com maior segurança na região.”

Ao término da comissão, os dados adquiridos e processados serão analisados pelo CHN-6, que elaborará os elementos que subsidiarão a atualização e confecção dos produtos náuticos da região. Com base nessas informações, o Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) produzirá as cartas náuticas atualizadas e as disponibilizará gratuitamente aos navegantes, em formato eletrônico, por meio de seu site.

As cartas náuticas são documentos cartográficos que representam os acidentes geográficos terrestres e submarinos, fornecendo uma série de informações essenciais além das profundidades. Entre esses dados, destacam-se os perigos à navegação, como bancos de areia, pedras submersas e cascos soçobrados, a natureza do fundo, os auxílios à navegação e outras indicações indispensáveis à segurança dos navegantes.

De acordo com o Comandante do AvHoFlu “Caravelas”, Capitão-Tenente Felipe Maciel Sarmento, “a Comissão fortalece os laços entre os países e promove a troca de informações hidrográficas, aprimorando os dados disponíveis e a segurança da navegação aos navegantes que operam na região.”

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