O Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental (APA) e do Monumento Natural (MONA) do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, criado no final do ano passado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), foi ativado em março deste ano, em Natal (RN), durante a primeira reunião do grupo. Responsável com a autarquia pela gestão desse conjunto de ilhas a cerca de mil quilômetros do litoral brasileiro, a Marinha do Brasil ocupa uma das cadeiras distribuídas entre setores do poder público, instituições de pesquisa e da sociedade civil.

Durante o encontro, foram aprovados o regimento interno e o plano de ação, que definem responsabilidades, fluxos de trabalho e prioridades. O objetivo é ampliar o diálogo com a sociedade e construir soluções conjuntas para os desafios enfrentados pela gestão. As duas unidades federais de conservação ‒ APA e MONA ‒ protegem, juntas, uma região de cerca de 40,7 milhões de hectares, além da área marítima de 450.000 km² ao redor do arquipélago ‒ maior que o estado de Goiás.

Os ecossistemas marinhos únicos da região abrigam espécies endêmicas e funcionam como ponto de convergência para espécies migratórias de aves, peixes e tartarugas marinhas. A Marinha mantém no local, há mais de 20 anos, um farol e uma estação científica, que já recebeu mais de 2 mil pesquisadores, de diferentes campos da ciência, como geologia, geofísica, biologia, recursos pesqueiros, oceanografia, meteorologia e sismografia. Aquelas águas também são fonte de alimento e renda para pescadores, cuja atividade concilia conservação ambiental e desenvolvimento econômico sustentável.

Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo

A primeira Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo foi inaugurada em 25 de junho de 1998, substituída em 2008 por instalações mais modernas e seguras. O espaço é ocupado por pesquisadores civis que são substituídos a cada 15 dias. Quadrimestralmente, são realizadas expedições militares, a fim de efetuar a manutenção nas edificações e equipamentos. Atualmente, a Marinha e o ICMBio, em parceria com a Fundação Espirito-santense de Tecnologia, a Universidade Federal do Espírito Santo e a Caixa Econômica Federal, estudam a construção de uma nova Estação. O projeto será viabilizado com recursos do fundo de compensação ambiental.

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