De 1º a 6 de outubro, comunidades ribeirinhas do Pantanal participaram da 8ª Expedição de Educação Ambiental. O projeto, de iniciativa da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), percorre trechos do Rio Paraguai, conscientizando os ribeirinhos para a defesa e proteção dos recursos naturais, o que contribui para a redução de infrações e crimes ambientais.
A Expedição é conduzida pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (PMA) e integra o calendário de atividades do Governo do Estado. Atualmente, diversos órgãos participam, como a Secretaria de Educação do Governo de MS, Fundação de Meio Ambiente de Corumbá, Instituto Homem Pantaneiro, Chalana Esperança, Instituto das Águas da Serra da Bodoquena e outras instituições parceiras.
Este ano, o projeto contou com a participação de militares do Corpo de Saúde da Marinha do Brasil (MB) por intermédio do Comando do 6º Distrito Naval, sediado em Ladário (MS). Foram empregados, ainda, o Navio-Transporte Fluvial “Paraguassu” e a Lancha de Operações Ribeirinhas “Cáceres”, subordinados ao Comando da Flotilha de Mato Grosso.

O Comandante da 2ª Companhia da PMA de Corumbá, Capitão Kelvin Augusto Rodrigues Valente, contou que, a cada edição, o projeto ganha novos parceiros, demonstrando a seriedade e importância da atividade.
“Neste ano, tivemos a felicidade de contar com a Marinha, que disponibilizou o navio como base de apoio aos representantes das 11 instituições que compuseram a equipe multidisciplinar, além da lancha, que nos permitiu cumprir as atividades nas comunidades ainda mais isoladas. Além disso, incluiu uma equipe de saúde para auxiliar na oficina voltada a hábitos alimentares e de higiene. A mensagem que fica é que o segredo do sucesso desta iniciativa é fruto de um trabalho em equipe”, afirmou.
Marcos Paulo de França Rodrigues, professor da Escola Municipal São Lourenço, localizada a cerca de 180 km da cidade de Corumbá, ressaltou a importância de projetos voltados a comunidades mais longínquas. “Eu percebo que nossas crianças, muitas vezes, sentem-se esquecidas, pois estamos muito distantes do perímetro urbano. A partir dessas iniciativas, as pessoas passam a conhecer as atividades realizadas aqui, então o trabalho voluntário das instituições, além de somar à nossa missão de educar, cumpre esse importante papel de dar visibilidade a essas crianças, a essas escolas, a essas famílias”, pontuou.
As atividades foram realizadas na Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Paraguai Mirim e Extensões, Escola Municipal São Lourenço, Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Paraguai Mirim – Extensão Jatobazinho e Escola Estadual Indígena João Quirino de Carvalho – Toghopanãa, que fica a cerca de 320 km do centro de Corumbá.

Ações Cívico-Sociais
A programação da 8ª Expedição reuniu oficinas relacionadas à educação ambiental, bate-papo com a comunidade e dinâmicas sobre vários temas, como biodiversidade, resíduos sólidos, desmistificação de serpentes e outros animais, espécies ameaçadas, animais silvestres, resgate e salvamento aéreo, abordagem sobre trabalho análogo à escravidão, entre outros.
Além das palestras e do Teatro Florestinha, projeto da Polícia Militar Ambiental executado por adolescentes, foram doados cestas básicas, roupas, brinquedos, equipamentos de proteção individual (macacões impermeáveis para coletores de iscas), filtros de barro, mudas de árvores frutíferas, livros e calendários ilustrados com desenhos de crianças ribeirinhas.

A Expedição chegou até as comunidades Paraguai Mirim, São Francisco, Porto Chané, Porto Amolar, Barra de São Lourenço, Porto Mangueiral e Terra Indígena Guató, onde as famílias receberam a visita e doações de representantes do Ministério Público do Trabalho, em uma parceria com o Ecoa – Ecologia e Ação.
Assista ao vídeo:
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