A Fragata “Defensora” atracou, na manhã de domingo (13), na Base Naval do Rio de Janeiro, marcando oficialmente o encerramento da Operação “Guinex V”. A chegada do navio, que esteve em missão por três meses na costa ocidental da África, foi acompanhada de momentos de emoção e reencontro. Familiares aguardavam os 260 militares que retornaram após cumprir uma extensa agenda de exercícios nos sete portos de países africanos da região do Golfo da Guiné, como parte da “Obangame Express” e da própria “Guinex V”, ambas com foco em cooperação marítima internacional.

A “Guinex” é uma iniciativa concebida e conduzida pela Marinha do Brasil (MB), anualmente, desde 2021. Esta edição passou pelos portos de Cabo Verde, Senegal, Gana, Nigéria, Camarões, São Tomé e Príncipe e Costa do Marfim, realizando treinamentos com as marinhas amigas e guardas costeiras participantes da comissão.

A operação tem como objetivo promover a presença naval brasileira no Golfo da Guiné, costa ocidental da África. A presença da Fragata “Defensora” e de seu efetivo busca reafirmar o compromisso do Brasil com a estabilidade do seu entorno estratégico, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades locais, a vigilância das águas jurisdicionais e a proteção dos recursos marítimos em uma das regiões mais estratégicas para o comércio internacional.

Para o Comandante da Força de Superfície, Contra-Almirante Alexandre Bessa de Oliveira, que esteve presente na atracação do navio, o retorno da “Defensora” encerra mais um capítulo importante na consolidação da mentalidade de Defesa Cooperativa no Atlântico Sul.

“A Guinex é a comissão da Marinha do Brasil mais importante no sentido de estreitar laços diplomáticos importantes com os países do nosso entorno estratégico, em especial na costa da África Ocidental”, destaca.

De acordo com o Comandante do Grupo-Tarefa da Operação “Guinex”, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, as ações realizadas não apenas ampliaram a interoperabilidade entre os países do Atlântico Sul, como também evidenciaram o compromisso do Brasil com a promoção da segurança marítima regional.

“A presença da Marinha do Brasil nesses portos reforçou laços históricos e estratégicos, consolidando o papel do País como parceiro confiável e atuante em iniciativas de defesa cooperativa e estabilidade no entorno estratégico brasileiro”, ressalta.

Ao longo da missão no Golfo da Guiné, a comissão brasileira desempenhou um papel ativo em uma série de ações que envolveram oficinas de capacitação, exercícios operativos combinados e intensas atividades de diplomacia naval. Em todos os sete países visitados, foram promovidos intercâmbios com marinhas parceiras, abordando temas como combate a ilícitos transnacionais, vigilância marítima, patrulhamento costeiro e controle de tráfego marítimo.

Travessia do continente africano até o Brasil foi marcada por treinamentos da tripulação

Durante o regresso ao Brasil, a Fragata “Defensora” realizou uma série de exercícios operativos, fundamentais para manter o alto nível de prontidão da tripulação. Entre eles, destaca-se o exercício de tiro sobre granada iluminativa, importante para treinar os militares para o enfrentamento de ameaças aéreas. Foram empregados canhões antiaéreos automáticos de 40 mm e metralhadoras de calibre .50. 

Outro ponto de destaque dentro das atividades realizadas foi a simulação de acidente no convoo, com múltiplas vítimas, conhecido como “crash no convoo”. Houve a simulação de incêndio na aeronave após o pouso, seguida de uma grande explosão; após o fogo extinto, a equipe de saúde realizou o resgate de feridos.

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Comentários

Antonio Ramon … (não verificado) Seg, 14/07/2025 - 13:48

Parabéns aos 260 militares que estiveram na costa ocidental da África. Paz e Bem.

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