Até o dia 31 de julho, o XIX Rio Harp Festival recebe músicos de 20 países em vários espaços do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF), Europa e Caribe. E a Marinha do Brasil (MB) participou de forma especial na edição deste ano: com apresentação da Banda Sinfônica do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), na Igreja da Candelária, que comemorava 126 anos de inauguração. Dividido em três atos, o evento contou com a Sargento Giovana Sanches, harpista da Banda Sinfônica do CFN, que mostrou todo seu talento e habilidade com as cordas, trazendo uma obra solo.

O XIX Rio Harp Festival faz parte do Projeto “Música no Museu”, que visa formar plateias e estimular a música de concerto em diversos museus e centros culturais do Brasil. Serão 31 dias ininterruptos de shows, com apresentações diárias e gratuitas de harpistas de diversos países, além de músicos de diversas formações.

Na noite dessa quarta-feira (10), o público teve a oportunidade de acompanhar a magnificência da harpa com a força da tradição musical militar do Corpo de Fuzileiros Navais, que preparou uma seção camerística na qual o instrumento, com sua sonoridade única em formações distinta, foi o grande protagonista.
“A música está presente na vida militar desde o início da vida castrense, além de ser capaz, por meio do som, de manifestar os mais diversos sentimentos e lembranças. Na Marinha do Brasil, todo o preparo técnico musical está alinhado com os valores essenciais dos Fuzileiros Navais, que são a Honra, a Competência, a Determinação e o Profissionalismo”, ressalta o regente da Banda Sinfônica, Capitão-Tenente (Quadro Auxiliar de Fuzileiro Naval) Alessandro Bandeira de Souza.
A acústica e a beleza da Igreja da Candelária deram ainda mais brilho ao concerto. “Conheço esse festival há alguns anos, mas desta vez foi muito especial. Eu vim para ver a apresentação da harpista e acabei acompanhando um espetáculo completo. Realmente fantástico ver tantos talentos e belezas juntas. Gosto de som grave e esse ambiente aqui ficou perfeito”, disse o funcionário público Fábio Raimundo de Magalhães.
Para finalizar a noite e emocionar ainda mais o público, houve a participação completa da Banda Sinfônica do CFN, que trouxe clássicos de Tchaikovsky a Villa-Lobos e a participação do coral de crianças do Programa Forças no Esporte (PROFESP) do Batalhão Naval. “Todos os anos eu vejo as apresentações das harpistas nos centros culturais. Quando soube que seria aqui hoje, trouxe meus netos. Foi maravilhoso, saímos realmente impressionados com a qualidade dos músicos e com a arte que produziram aqui. Espero que tenha novamente na próxima edição”, afirmou a aposentada Ana Maria Feitosa.

“Conheci a harpa durante uma apresentação na escola. Meus pais viram meu interesse e decidiram me apoiar, mesmo com todas as dificuldades para estudar esse tipo de equipamento no conservatório de música. Foram anos de sacrifícios, uma vida de dedicação até passar no concurso e estar aqui hoje. Recebo incentivo da Marinha do Brasil para continuar meus estudos. Meu sonho, como de todo harpista, é contribuir para tornar o instrumento mais conhecido no País”, diz a Sargento Giovana Sanches, harpista da Banda Sinfônica do CFN.
Como se tornar músico da Marinha
Para quem tem interesse em se tornar sargento músico, o primeiro passo é ser aprovado em concurso público. O candidato precisa cumprir alguns requisitos: ser brasileiro(a), ter 18 anos completos e menos de 25 anos, altura mínima de 1,54 metro e máxima de 2 m (ambos os sexos) e ter concluído ou estar em fase de conclusão do ensino médio. Em seguida, vêm as etapas do exame de escolaridade, prova prática de música, inspeção de saúde, teste de aptidão física e avaliação psicológica.
Para mais informações sobre os processos seletivos da Marinha do Brasil, clique aqui.
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