Na manhã desta sexta-feira (17), a Marinha do Brasil (MB) reinaugurou o busto do Imperial Marinheiro Marcílio Dias, na praça que leva o nome do herói nacional, em Maceió (AL). A cerimônia reuniu autoridades civis e militares e a comunidade local, a fim de homenagear o Marinheiro reconhecido por sua bravura na Batalha Naval do Riachuelo, combate decisivo para a vitória do Brasil na Guerra da Tríplice Aliança.
Presente à cerimônia, o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, ressaltou a relevância dos heróis que, movidos por coragem e senso de dever, sacrificaram suas próprias vidas. Para ele, exemplos como esse não apenas inspiram gerações, mas também perpetuam os valores que continuam a guiar a Marinha até hoje.
“Assim foi a trajetória do jovem Marinheiro Marcílio Dias. Sua entrega incondicional ao serviço, mesmo diante das adversidades mais severas, personifica princípios que moldam a essência do Marinheiro: lealdade, honra e amor à Pátria”, declarou o Comandante da Marinha, que descerrou a placa de reinauguração, acompanhado do Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Claudio Henrique Mello de Almeida, do Deputado Federal Fábio Costa e do Presidente da Sociedade Amigos da Marinha (SOAMAR) de Alagoas, Paulo Afonso Hansen.

Também presente à solenidade, o Capitão dos Portos de Alagoas, Capitão de Fragata Rodrigo Ribeiro Gonçalves Garcia, explica a importância da ocasião para a capital alagoana. “A Marinha tem por hábito cultuar os heróis nacionais. Em Maceió, temos a estátua do Almirante Tamandaré e, agora, o novo busto do Imperial Marinheiro Marcílio Dias. O fato de este estar localizado na praça que leva o nome do herói nacional e que fica em frente à Capitania dos Portos, a única organização militar da Marinha na cidade, é bastante representativo e motivo de muito orgulho.”
Herói da Pátria
A homenagem a Marcílio Dias reconhece e eterniza o Marinheiro que tombou em combate durante a maior batalha naval já travada pela Força Naval do País. Ele resistiu bravamente à tomada de seu navio, a Corveta “Parnahyba”, que integrava a Divisão da Esquadra brasileira, responsável por bloquear a travessia das forças militares paraguaias pelo Rio Paraná, entregando sua vida para defender o Brasil no conflito.
“O Imperial Marinheiro de 1ª Classe Marcílio Dias, que tanto se distinguira nos ataques de Paysandú, imortalizou-se ainda nesse dia. Chefe do rodízio raiado, abandonou-o somente quando fomos abordados para sustentar braço a braço a luta do sabre com quatro paraguaios. Conseguiu matar dois, mas teve de sucumbir aos golpes dos outros dois”, relatou o Comandante do “Parnahyba” dois dias depois do episódio, em carta publicada, em 30 de junho de 1865, no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
Em função da sua importância para o País, Marcílio Dias teve seu nome inscrito pela Lei nº 14.471, de 2022, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria — também conhecido como Livro de Aço, pois a obra é formada por páginas de aço — abrigado no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Para divulgar sua história, a Marinha mantém um hotsite, com a biografia, fotos e outras informações, que pode ser acessado aqui.
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