Em homenagem ao Dia do Marinheiro, o programa “Passeio pela História”, da BandNews FM, organizado pelo historiador, professor e radialista Milton Teixeira, foi realizado, neste sábado (14), no Museu do Corpo de Fuzileiros Navais (MCFN) da Marinha do Brasil (MB), levando um grupo de aproximadamente 100 visitantes. O MCFN fica no sítio histórico da Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), e passou por uma ampla reforma, que durou 18 meses e foi concluída em novembro deste ano. Após a reabertura, essa é a segunda vez que o historiador leva seu programa ao Museu.

De acordo com Milton, após a reinauguração do Museu, o acesso ficou muito mais facilitado. “Antes não era proibido visitar o Museu, mas a burocracia era muito mais complicada. Isso mudou muito, estando agora bem mais fácil. Nossa ideia é realizar, com certa periodicidade, essa visita, o que agrega muito à população do Rio de Janeiro”, destacou.

Vale salientar que o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais está situado nas instalações que foram ocupadas pelos componentes da Brigada Real da Marinha, origem do atual Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), desde 1809. Além de toda extensão da Fortaleza, que representa um museu a céu aberto com mais de 2 km de extensão, o circuito expositivo do MCFN é composto de dois túneis subterrâneos, construídos para servir de ligação segura entre as fortalezas erguidas pelos portugueses a partir do século XVII, onde estão expostos documentos, medalhas, pratarias, material arqueológico, fotografias, equipamentos e um dos maiores acervos de armas do Brasil.

O Museu também possui uma galeria de uniformes históricos, localizada em um antigo túnel que ligava as fortalezas na Ilha das Cobras. O circuito conta, ainda, com um salão projetado na antiga cisterna, onde há uma exposição permanente com a linha do tempo da tropa anfíbia do Brasil, além de dois salões históricos, de grande importância para o CFN. Vale destacar que o acervo de armas históricas é considerado um dos mais ricos que o Brasil possui.

Para o guia de turismo Sérgio Boaretto, 64 anos, o Museu apresenta um vasto acervo. “Eu, como guia de turismo, não tinha ideia do que podia ser oferecido aqui para o nosso público e para o público estrangeiro. É uma estrutura altamente recomendada, de vasta riqueza, que temos na nossa cidade. Queremos que as pessoas conheçam esse grande acervo”, ressaltou.

Lembrando que a história da Fortaleza de São José (FSJ), que comemorou 400 anos no último mês, e a história dos Fuzileiros Navais se misturam. A FSJ foi estabelecida na Ilha das Cobras em 1624, justamente para conter as invasões estrangeiras no território colonial. Depois, acabou abrigando, em 1809, a Brigada Real da Marinha, o embrião do Corpo de Fuzileiros Navais, passando para os Fuzileiros como um prêmio por terem vencido a Batalha de Caiena contra Napoleão.

No Museu a céu aberto ficam as viaturas operativas, canhões, metralhadoras e motocicletas que foram usados pela Corporação, sendo que é possível os visitantes acessarem o interior de alguns desses veículos. Ainda no Museu a céu aberto, há uma escavação arqueológica, na qual é possível observar parte do contraforte da muralha da Fortaleza, construída no século XVIII, e o Monumento aos Fuzileiros Navais Mortos em Combate, além de pontos icônicos que retratam a história do Brasil e do Rio de Janeiro.

O Museu está aberto para visitação, gratuitamente, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 9h às 16h, e sábados, mediante reserva, das 9h às 12h. Para realizar a visita, basta chegar até a entrada do Comando do 1° Distrito Naval, portando documento de identidade. É vetada a entrada de pessoas de bermuda, chinelo ou sem camiseta. Escolas interessadas em agendar uma visita guiada devem fazê-lo pelo e-mail: cgcfn.museucfn@marinha.mil.br

. . .

Comentar

O conteúdo deste campo é privado e não será exibido ao público.

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são feitos automaticamente.
  • Endereços de página da web e endereços de e-mail se tornam links automaticamente.