A Fragata “Defensora”, da Marinha do Brasil (MB), desatracou em 4 de junho do porto de Tema, em Gana, e seguiu para Lagos, na Nigéria, onde chegou no dia seguinte, dando continuidade à Operação “Guinex V”. A missão objetiva ampliar a presença naval brasileira no Golfo da Guiné, além de fortalecer a cooperação com os países da região, contribuindo para o desenvolvimento de capacidades locais, a vigilância das águas jurisdicionais e a proteção dos recursos marítimos em uma área estratégica para o comércio internacional.
Entre os destaques desta fase da operação, ressalta-se o exercício de desembarque por corda (Fast Rope), técnica utilizada para infiltração rápida de militares a partir de helicóptero que paira sobre o convoo do navio, especialmente quando o pouso não é possível. Realizado em conjunto com a Marinha de Gana, a atividade contou com a participação de militares de operações especiais brasileiros e ganenses, que desceram por um cabo preso à aeronave AH-11B “Super Lynx”, utilizando as mãos e os pés para controlar a descida. Após a infiltração, foi realizada uma simulação de busca por material ilícito no interior da embarcação, seguida da abordagem por meio de lancha proveniente do navio “Aflao”, da Marinha de Gana.
Outro marco relevante foi a realização do exercício de passagem no mar (PASSEX) com o Navio “Relâmpago”, da Armada Espanhola, durante o qual foram conduzidas manobras táticas e de comunicações, incluindo a aproximação controlada entre os navios, conhecida como Leap Frog. Também foi realizado o Cross Deck, procedimento em que a aeronave brasileira pousou no convoo do navio espanhol. Esses exercícios com marinhas parceiras reforçam a interoperabilidade entre os meios navais e simbolizam o compromisso conjunto com a segurança marítima internacional.

Nos portos de Dacar, no Senegal, e Tema, em Gana, a Operação “Guinex V” promoveu uma série de oficinas e adestramentos sobre temas relevantes para as Marinhas da região. Entre os assuntos abordados, destacaram-se técnicas de abordagem de embarcações, manutenção de equipamentos, medicina operativa naval, comunicações navais, código internacional de sinais, adestramento de escalada, técnicas de deslocamento, tipos de armamento, revista de compartimentos, técnicas de algemação e controle de avarias.

O Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, destacou o caráter colaborativo da missão: “A ‘Guinex V’ reforça o compromisso do Brasil com a segurança do Atlântico Sul. Cada porto visitado é uma oportunidade de trocar experiências, ampliar capacidades locais e fortalecer a confiança mútua com nações amigas.”
O Comandante da Marinha de Gana, Contra-Almirante Issah Adam Yakubu, ressaltou a importância da presença do navio brasileiro: “A presença deste navio reforça a diplomacia naval e contribui para a dissuasão de crimes no mar. Tenho certeza de que, caso haja grupos de pirataria atuando na região, passarão a agir com maior cautela. Mais do que a segurança marítima no Golfo da Guiné, o mais relevante é o compartilhamento de capacidades e experiências promovido pelos exercícios realizados.”

A “Guinex” é uma iniciativa concebida e conduzida anualmente pela MB desde 2021. A operação, com término previsto para 14 de julho, seguirá com novos compromissos e exercícios nos próximos portos da comissão. A Fragata “Defensora” fará escalas em Lagos, na Nigéria; Kribi, em Camarões; São Tomé, em São Tomé e Príncipe; Abidjan, na Costa do Marfim; e parada logística em Cabedelo, na Paraíba, antes de retornar ao seu destino final, no Rio de Janeiro.
Comentários
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